quinta-feira, 29 de março de 2007

1ª República


Monumento aos mortos da Primeira Guerra Mundial em Coimbra, Portugal


Monumento aos mortos da Primeira Guerra Mundial em Coimbra, Portugal

Portugal participou no primeiro conflito mundial ao lado dos Aliados, o que estava de acordo com as orientações da República ainda recentemente instaurada.
A Inglaterra, que mantinha desde há muito uma aliança com Portugal, moveu influências para que o país não participasse activamente na Guerra. O Partido Democrático, então no poder, movido também pelo facto de já existirem combates entre tropas portuguesas e alemãs junto às fronteiras das colónias em África, desde cedo demonstrou interesse em tornar-se em parte beligerante do conflito. Em Setembro de 1914 eram enviadas as primeiras tropas para África onde as esperariam uma série de derrotas perante os alemães, na fronteira do sul de Angola com o Sudoeste Africano alemão e na fronteira norte de Moçambique com a África Oriental Alemã. Apesar destes combates, a posição oficial do Estado português era claramente ambígua. O regime republicano decidiu-se, contudo, a optar por uma tomada de posição activa na guerra devido a várias razões:
Com vista à manutenção das colónias, de modo a poder reivindicar a sua soberania na Conferência de Paz que se adivinhava com o final da guerra;
A necessidade de afirmar o prestígio e a influência diplomática do Estado republicano entre as potências monárquicas europeias, de forma a granjear apoio perante uma possível incursão monárquica que viesse a derrubar o republicanismo (muitos portugueses defendiam, aliás, o regresso da monarquia).
A vontade de afirmar valores de Estado que distinguissem Portugal da Espanha e que assegurassem a independência nacional.
A necessidade, por parte do Partido Democrático de Afonso Costa, então no poder, de afirmar o seu poder político, ao envolver o país num esforço colectivo de guerra, tanto em relação à oposição republicana quanto em relação às influências monárquicas no exílio.




Portugal participou no primeiro conflito mundial ao lado dos Aliados, o que estava de acordo com as orientações da República ainda recentemente instaurada.
A Inglaterra, que mantinha desde há muito uma aliança com Portugal, moveu influências para que o país não participasse activamente na Guerra. O Partido Democrático, então no poder, movido também pelo facto de já existirem combates entre tropas portuguesas e alemãs junto às fronteiras das colónias em África, desde cedo demonstrou interesse em tornar-se em parte beligerante do conflito. Em Setembro de 1914 eram enviadas as primeiras tropas para África onde as esperariam uma série de derrotas perante os alemães, na fronteira do sul de Angola com o Sudoeste Africano alemão e na fronteira norte de Moçambique com a África Oriental Alemã. Apesar destes combates, a p

osição oficial do Estado português era claramente ambígua. O regime republicano decidiu-se, contudo, a optar por uma tomada de posição activa na guerra devido a várias razões:
Com vista à manutenção das colónias, de modo a poder reivindicar a sua soberania na Conferência de Paz que se adivinhava com o final da guerra;
A necessidade de afirmar o prestígio e a influência diplomática do Estado republicano entre as potências monárquicas europeias, de forma a granjear apoio perante uma possível incursão monárquica que viesse a derrubar o republicanismo (muitos portugueses defendiam, aliás, o regresso da monarquia).
A vontade de afirmar valores de Estado que distinguissem Portugal da Espanha e que assegurassem a independência nacional.
A necessidade, por parte do Partido Democrático de Afonso Costa, então no poder, de afirmar o seu poder político, ao envolver o país num esforço colectivo de guerra, tanto em relação à oposição republicana quanto em relação às influências monárquicas no exílio.

Nenhum comentário: